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Depressão funcional: quando finjo que estou bem, mas por dentro estou em colapso.

  • Foto do escritor: Luciana Rocha
    Luciana Rocha
  • 20 de out.
  • 2 min de leitura
depressão funcional

Tem dias em que acordo, visto a roupa, trabalho, respondo mensagens, cumpro prazos. Por fora, tudo certo. Por dentro, um cansaço que não descansa, uma vontade de desaparecer por algumas horas, um esforço enorme para parecer ok. Se você vive assim, eu te vejo. Isso tem nome: depressão funcional. E não é falta de força, é sofrimento silencioso.


Como ela aparece

  • Você rende no trabalho, mas paga o preço depois: exausta, sem energia para o resto da vida.

  • Ri nas conversas, mas sai delas vazia.

  • Evita contar como está porque “tem gente em situação pior”.

  • Dorme demais ou de menos; come por conforto ou perde o apetite.

  • O prazer nas coisas simples diminuiu; o piloto automático aumentou.


Por que isso acontece

Muitas de nós aprendemos a performar bem-estar. Aplaudem produtividade, não vulnerabilidade. Então a dor se esconde atrás de agendas cheias, gentilezas e “tudo bem” automático. Só que o corpo guarda recibo: irritação, dores, lapsos de memória, vontade de chorar sem motivo, sensação de que nada é suficiente.


O que ajuda—sem romantizar esforço

  • Três microvitórias por dia. Abrir a janela, hidratar, banho morno. Pequenas ações sinalizam segurança para o corpo.

  • Pausa de aterramento. Duas vezes ao dia: respire 4-2-6 (inspira 4, segura 2, solta 6) por um minuto.

  • Rotina mínima. Horários aproximados para dormir, acordar e se alimentar. Previsibilidade acalma.

  • Movimento gentil. Dez minutos de caminhada ou alongamento. Sem meta de performance.

  • Reduza o “teatro do ok”. Escolha uma pessoa segura para ser honesta. Dizer “não estou bem” já é cuidado.

  • Limites com telas. Uma janela sem celular no início da noite melhora sono e humor.


Quando buscar avaliação

Se esse padrão dura semanas, se o corpo pesa, se a culpa aumenta, se você precisa “atuar” para funcionar, vale conversar. Psicoterapia organiza por dentro; em alguns casos, a combinação com medicação abre espaço para você voltar a se reconhecer. Tratamento não muda quem você é; ele tira o peso para que você apareça.


Sinais de urgência

Pensamentos de morte, planejamento de autoagressão, incapacidade de se alimentar/hidratar, lentificação extrema. Nessas situações, procure ajuda imediata. No Brasil, CVV 188 (24h), SAMU 192 ou pronto atendimento. Sua vida importa.

Se este texto descreveu você, me escreva. Atendo em Cuiabá e online. A meta não é fingir melhor. É viver com mais verdade, leveza e presença—do lado de fora e, principalmente, por dentro.


📍Cuiabá-MT & Online para todo Brasil

👩‍⚕️ Drª Luciana Rocha | Médica Psiquiatra | CRM MT 8537 | RQE 5413

🧠 Sua saúde mental importa!

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