top of page

Ejaculação precoce: por que isso acontece?

  • Foto do escritor: Luciana Rocha
    Luciana Rocha
  • 29 de out.
  • 2 min de leitura

ree

Antes de qualquer coisa: isso é comum e tem tratamento. Muita gente sofre calada por vergonha, culpa ou medo de decepcionar o parceiro. Falar é o primeiro passo para sair do ciclo.

O que está por trás (e não é “falta de controle”)

  • Ansiedade de desempenho: medo de “falhar” acelera o corpo e encurta o tempo até o orgasmo.

  • Condicionamento: anos de masturbação rápida e tensa (para “terminar logo”, medo de ser pego) ensinam o corpo a chegar rápido.

  • Hipersensibilidade peniana: algumas pessoas têm maior sensibilidade na glande.

  • Padrão cerebral de antecipação: atenção fica fixada na ejaculação, não no processo; quanto mais monitora, mais acelera.

  • Fatores de relacionamento: conflitos, pressão, pouco diálogo, longos períodos sem sexo.

  • Condições clínicas e uso de substâncias: tireoide acelerada, prostatite, abstinência de álcool, alguns psicoestimulantes.

  • Genética: em parte, pode haver predisposição.

Como o ciclo se mantém

Ansiedade → ejaculação rápida → frustração → mais ansiedade na próxima vez. Sem intervenção, o ciclo se repete. A boa notícia: dá para interromper.

Caminhos que ajudam (passo a passo, sem pressão)

1) Reeducação corporal (sozinho e depois em casal)

  • Treine respiração 4–2–6 (inspira 4, segura 2, solta 6) por 2–3 minutos para reduzir tensão.

  • Masturbação consciente: diminua a velocidade, pausa quando chegar a 6–7/10 de excitação, respire, retome. Isso treina a “janela” entre excitar e ejacular (técnica de start–stop).

  • Explore diferentes pegadas e ritmos; mude a atenção do pênis para o corpo todo (costas, coxas, respiração).

2) Em casal, foquem no processo

  • Combinar sinais de pausa e retomada.

  • Começar por carinho e oral sem pressa, variar posições; se precisar, preservativo mais espesso pode reduzir sensibilidade.

  • Lembrem: prazer não é só penetração. Tirar o “relógio” do centro reduz ansiedade.

3) Rotina que colabora

  • Sono, redução de álcool e pornografia excessiva, movimento físico regular.

  • Diminuir estímulos muito intensos antes do sexo (conteúdos acelerados, telas, discussões).

Tratamentos possíveis

  • Psicoeducação e terapia sexual: técnicas de controle de excitação, manejo da ansiedade e comunicação em casal.

  • Medicações (quando indicado): alguns antidepressivos em dose baixa, uso diário ou sob demanda; anestésicos tópicos específicos podem ajudar em casos de hipersensibilidade. A escolha é individual, com avaliação.

  • Investigar e tratar causas clínicas se houver sinais (dor, ardor, mudanças urinárias, febre, sintomas tireoidianos).

Mitos que atrapalham

  • “É falta de amor ou maturidade.” Não é.

  • “É só pensar em outra coisa.” Distração quebra conexão e não resolve a base.

  • “Conforme a prática melhora, passa sozinho.” Sem método, costuma repetir.

Quando procurar avaliação

  • Se o problema é persistente e traz sofrimento para você ou para o casal.

  • Se começou de repente (vale descartar causas orgânicas).

  • Se há dor, sangue, ardor ou sintomas urinários.

A conversa no consultório é sem julgamentos. A ideia é entender seu padrão, treinar estratégias e, se fizer sentido, combinar tratamento. Se esse tema é o seu, me escreva. Atendo em Cuiabá e online. O objetivo não é “aguentar mais por aguentar”. É recuperar presença, prazer e segurança — para você e para quem está com você.


📍Cuiabá-MT & Online para todo Brasil

👩‍⚕️ Drª Luciana Rocha | Médica Psiquiatra | CRM MT 8537 | RQE 5413

🧠 Sua saúde mental importa!

💻Consultas online:

+55 (65) 9 9624-9711


📍Clínica Santa Maria

Jardim Cuiabá - Cuiabá-MT

Rua das Papoulas , 131 

📱 (65) 9 9624-971

Comentários


bottom of page