Quando o desejo desaparece
- Luciana Rocha

- 27 de out.
- 2 min de leitura

É estranho perceber que o corpo não responde como antes. A cabeça até gosta da ideia, mas o corpo não acompanha. O toque que já acendeu, hoje não mexe. E junto vem culpa, comparação e medo de ter algo “errado” com você. Se isso está acontecendo, respira. Desejo não é um interruptor. É um sistema sensível que depende de corpo, mente, rotina e vínculo.
Por que isso acontece
Estresse e cansaço crônico: a mente ocupa o lugar que seria do prazer.
Sono ruim: sem recuperação, o corpo prioriza “sobreviver”, não “desejar”.
Ansiedade e depressão: tiram presença e diminuem a curiosidade pelo corpo.
Mudanças hormonais: ciclo, pós-parto, amamentação, perimenopausa.
Dor na relação ou ressecamento: o corpo aprende a evitar o que dói.
Remédios: alguns antidepressivos, ansiolíticos e outros podem reduzir libido ou orgasmo.
Dinâmica do casal: mágoas, falta de tempo, pressão para “performar”.
O que NÃO ajuda
Forçar transar “para ver se volta”. Fingir que está tudo bem. Comparar sua vida sexual com a de outras pessoas. Usar sexo como prova de amor. Culpar-se ou culpar o parceiro.
O que ajuda de verdade
Começar pelo básico
Sono mais protegido, hidratação, reduzir telas à noite, um pouco de movimento diário. O corpo precisa de energia para sentir prazer.
Cuidar do conforto físico
Lubrificante, tempo maior de preliminares, explorar posições que não causam dor. Se houver dor, vale avaliação ginecológica/urológica.
Trocar pressão por proximidade
Rituais de carinho sem meta de transar: abraço demorado, massagem, banho juntos, beijos longos. O corpo volta a confiar antes de desejar.
Conversas honestas e gentis
Fale de você, não acuse. “Tenho sentido menos desejo e quero entender isso contigo.” Combinem sinais para “agora não” e “podemos tentar mais tarde”.
Recuperar o erótico fora do quarto
Pequenos flertes ao longo do dia, mensagens carinhosas, lembranças boas. Desejo gosta de antecipação.
Atenção à saúde mental e aos remédios
Se você está em tratamento, vale conversarmos sobre ajustes finos de dose, horário ou troca de medicação quando apropriado. Muitas vezes o ajuste devolve a libido.
Um plano simples para esta semana
Duas noites sem telas antes de dormir.
Um encontro de 20–30 minutos só de carinho, sem pressão para sexo.
Dez minutos de movimento corporal por dia.
Uma conversa curta para combinarem o que é conforto para cada um.
Quando é hora de buscar ajuda
Se a falta de desejo persiste por semanas, se há dor, se a relação está sofrendo ou se existem sintomas de ansiedade/depressão, vale avaliação. Podemos olhar para hormônios, medicações, rotina e dinâmica do casal. Em muitos casos, pequenas intervenções mudam o cenário.
Desejo não é um teste que você precisa passar. É um convite ao corpo quando ele se sente seguro. Se você precisa de ajuda para reconstruir esse caminho, eu estou aqui. Atendo em Cuiabá e online, com acolhimento, zero julgamento e um plano possível para a sua realidade.
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👩⚕️ Drª Luciana Rocha | Médica Psiquiatra | CRM MT 8537 | RQE 5413
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