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Estou tomando remédios há anos… por que não melhorei?

  • Foto do escritor: Luciana Rocha
    Luciana Rocha
  • 24 de out.
  • 3 min de leitura

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Antes de qualquer coisa: eu sinto a sua frustração. É duro fazer tudo “certo”, tomar o remédio direitinho e ainda assim se sentir mal. Quando isso acontece, não é falta de força. É sinal de que precisamos revisar o caminho, com método e carinho.

Possíveis motivos (e o que olhar com cuidado)

Diagnóstico que precisa de ajuste

Nem toda tristeza é a mesma coisa. Depressão pode conviver com ansiedade, TDAH, bipolaridade, traumas, transtornos do sono… Se a base estiver imprecisa, o remédio certo para um quadro pode não funcionar no outro.

Dose, tempo e adesão

Às vezes a dose está baixa para você, o tempo de uso foi curto, ou houve interrupções (especialmente em finais de semana/viagens). Remédios psíquicos pedem constância. Ajustes pequenos podem mudar tudo.

Efeitos colaterais que sabotam

Sonolência, ganho de peso, queda de libido, náusea… Quando o tratamento atrapalha o dia a dia, você acaba evitando a tomada ou reduzindo por conta. Isso não é “erro seu”, é um ponto de ajuste clínico.

Interações e substâncias

Cafeína em excesso, álcool “para dormir”, cannabis “para relaxar”, termogênicos, fitoterápicos e outros medicamentos podem interferir no efeito do que você usa.

Condições clínicas não tratadas

Tireoide, anemia, deficiência de B12/ferro/vitamina D, dor crônica, apneia do sono, SOP… Corpo e mente conversam. Se o corpo está pedindo socorro, o humor não estabiliza.

Expectativas e “poop-out”

Algumas pessoas melhoram e depois “perdem” o efeito (taquifilaxia). Outras esperam 100% de bem-estar do remédio. Antidepressivo abre janela; quem reconstrói a vida é uma combinação de hábitos, terapia e ajustes.

Falta de psicoterapia

Medicação ajuda a reduzir a dor. Terapia organiza a vida: pensamentos, padrões, limites, traumas. A dupla costuma ser mais eficaz do que cada uma sozinha.

Um plano de reavaliação em 7 passos

  1. Recontar a história: quando começou, o que piora/melhora, episódios prévios, família.

  2. Checar diagnóstico: há sinais de bipolaridade, TDAH, trauma ativo, luto?

  3. Rever doses e horários: subir, descer, dividir tomadas, trocar para formulação que você tolere melhor.

  4. Mapear interações: álcool, cafeína, suplementos e outros remédios.

  5. Pedir exames básicos, quando fizer sentido (sono, tireoide, vitaminas, anemia).

  6. Adicionar terapia (ou trocar abordagem): TCC, terapia focada em trauma, psicoeducação, habilidades de regulação.

  7. Plano de vida possível: sono protegido, movimento gentil, rotina mínima, limites com telas, relações seguras.

O que você pode observar nesta semana

  • Anote horário das tomadas e como se sentiu ao longo do dia.

  • Registre sono, alimentação, uso de álcool/cafeína.

  • Separe 3 microtarefas diárias (abrir a janela, banho morno, 10 min de caminhada).

  • Traga essas anotações para a consulta. Elas guiam decisões com precisão.

Importante

  • Não ajuste nem interrompa seu remédio por conta. Mudanças devem ser combinadas.

  • Se surgirem pensamentos de morte ou piora intensa, busque ajuda imediata: CVV 188 (24h), SAMU 192 ou pronto atendimento.

Se você está há anos tentando e se sentindo parada no mesmo lugar, vamos reavaliar juntas com calma. Atendo em Cuiabá e online. O objetivo não é “empilhar” remédios; é encontrar o mínimo necessário para abrir espaço à sua vida voltar a acontecer — com leveza, presença e sentido.


📍Cuiabá-MT & Online para todo Brasil

👩‍⚕️ Drª Luciana Rocha | Médica Psiquiatra | CRM MT 8537 | RQE 5413

🧠 Sua saúde mental importa!

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