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Tratamento psiquiátrico na gravidez: é seguro?

  • Foto do escritor: Luciana Rocha
    Luciana Rocha
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura
Gestante sentada na cama cobrindo o rosto, representando dúvidas e ansiedade sobre o tratamento psiquiátrico na gravidez.

Pergunta justa e muito importante. A resposta curta é: sim, pode ser seguro e, em muitos casos, é necessário.

O foco é sempre o equilíbrio entre riscos e benefícios, pensando em você e no bebê. Por que o tratamento psiquiátrico na gravidez é importante:

Por que tratar

Depressão, ansiedade, crises de pânico, insônia grave, TEPT e transtornos do humor não pausam na gestação. Quando ficam sem cuidado, aumentam risco de piora clínica, uso de álcool/auto­medicação, perda de peso, parto prematuro e depressão pós-parto, mas com acompanhamento médico garantem segurança à mãe e ao bebê.


Como eu penso o plano (passo a passo)

  1. Avaliar gravidade e história

    Episódios anteriores, recaídas ao suspender remédio, suporte em casa, sono, alimentação, segurança.

  2. Começar pelo que não é remédio (quando dá)

    Psicoterapia, higiene do sono, técnicas de respiração/aterramento, atividade física leve autorizada, rotina previsível, rede de apoio.

  3. Quando o remédio entra em cena

    Se o quadro é moderado a grave, se há risco para a mãe (autolesão, desnutrição, insônia incapacitante) ou se já houve recaídas importantes sem medicação, a indicação tende a ser tratar farmacologicamente. Preferimos a menor dose eficaz, com poucas trocas, monitorando de perto. Escolhas priorizam medicações com mais tempo de uso e dados em gestantes. Tudo é conversado: possíveis efeitos, sinais de alerta e plano B.

  4. Time integrado

    Decisões são alinhadas com obstetra e, quando preciso, pediatra/neonatologia. Você não caminha sozinha.

Mitos que atrapalham

  • “Grávida não pode tomar nada.” Em muitos casos, pode e deve, com critério.

  • “Remédio vai ‘mudar’ meu bebê.” O objetivo é reduzir sofrimento e manter você estável; isso protege o desenvolvimento.

  • “É melhor aguentar até depois do parto.” Quadro não tratado na gestação costuma piorar no puerpério.


E sobre amamentação?

Também dá para planejar uso seguro durante o aleitamento. A decisão considera: dose, horário das tomadas, observação do bebê e seu bem-estar. Ajustes finos ajudam muito.

Sinais de que precisamos agir já

Pensamentos de morte ou de se machucar

Insônia severa por vários dias

Incapacidade de se alimentar/hidratar

Ansiedade/pânico incapacitantes


Procure atendimento imediato.

No Brasil: CVV 188 (24h) e, em urgência, SAMU 192 ou pronto atendimento.


Em resumo

  • Tratar a saúde mental na gravidez pode ser seguro e é muitas vezes o caminho mais protetor.

  • Começamos pelo menos invasivo, e incluímos medicação quando necessário, com dose mínima eficaz e acompanhamento próximo.

  • Decidimos juntas, alinhadas com sua obstetra, olhando para a sua história, seus sintomas e seus valores.

Se você está grávida, pensando em engravidar ou no puerpério e tem dúvidas, me escreva. Atendo presencialmente em Cuiabá e online em todo o Brasil. A ideia é construir um plano seguro, humano e possível para este momento. Você não precisa atravessar isso sozinha.


📍Cuiabá-MT & Online para todo Brasil

👩‍⚕️ Drª Luciana Rocha | Médica Psiquiatra | CRM MT 8537 | RQE 5413

🧠 Sua saúde mental importa!


📍Clínica Santa Maria

Jardim Cuiabá - Cuiabá-MT

Rua das Papoulas , 131 



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